A COLONIZAÇÃO INGLESA
A colonização inglesa ocorre no início do século XVII na América Norte, com a fundação da colônia de Virgínia. Ao contrário da colonização na América espanhola, a colonização não ficou a cargo da Coroa Inglesa, mas nas mãos de particulares e de Companhias de Comércio.
A razão para os ingleses virem para a América foram as perseguições religiosas e políticas, além da expropriação dos camponeses das terras, devido aos cercamentos.
As perseguições religiosas e políticas produziram uma grande emigração para o continente americano, reforçada pela situação de miséria que se seguiu à política dos cercamentos das terras ingleses (assunto que detalharei posteriormente, quando falar do início da industrialização). No litoral Atlântico da América do Norte foram fundadas treze colônias, que podem ser divididas em três conjuntos, conforme as condições econômicas e de povoamento.
As colônias do Norte, chamadas de Nova Inglaterra, foram povoadas por refugiados que estavam sendo perseguidos por motivos religiosos ou políticos. Economicamente, não se encontrou ouro e produtos agrícolas para oferecer ao mercado europeu, pois a semelhança climática com a Europa, não permitia o cultivo de produtos que não existiam na Europa. Portanto, ali se desenvolveu uma agricultura de subsistência, com pequenas propriedades, usando mão de obra livre ou servidão por contrato, em que o colono que queria vir para a América, mas não tinha dinheiro, trabalhava de graça para o fazendeiro, por alguns anos, em troca da viagem. Esses colonos, em sua maioria, eram os antigos camponeses expropriados devido aos cercamentos.
Politicamente, essas colônias tinham, razoavelmente, bastante autonomia em relação à Coroa inglesa: tinham governos organizados com grande representação da população. Cada colônia tinha sua vida própria, não havendo grandes laços entre elas.
Apesar das proibições do governo inglês, surgiram pequenas manufaturas e o comércio eram realizados com outras regiões além da metrópole, chamados “triângulos comerciais”.
As colônias do centro, surgiram posteriormente, pois seu território era propriedade da Coroa, que o utilizava unicamente para separar as colônias do Norte e do Sul. Como ficaram abandonadas, outros povos ocuparam algumas áreas, mas foram expulsos mais tarde.
Economicamente eram semelhantes às colônias do Norte, com pequenas propriedades e trabalho livre, muito embora, neste local, tenham surgido alguns latifúndios, baseados no trabalho escravo.
As colônias do Sul eram bem semelhantes às colônias Ibéricas (Portugal e Espanha). Eram grandes propriedades, baseadas no trabalho escravo, produção monocultora voltada para a exportação.
Politicamente, o Sul não era tão democrático quanto o Norte, manteve os escravos e os índios à margem da sociedade.
Em relação à autonomia da política que as colônias inglesas praticaram, pode-se dizer que uma parte se explica pelo espírito autônomo que os colonos traziam consigo e, por outro lado, pela pouca importância econômica que as colônias possuíam, pois a Inglaterra estava mais interessada em outras regiões, como o Caribe.
A política inglesa, em geral, relativa aos povos originais das áreas colonizadas foi a do genocídio, a destruição sistemática das tribos.
BIBLIOGRAFIA
HISTÓRIA 3 – Ricardo de Moura Faria, Adhemar Martins Marques e Flávio Costa Berutti
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