REFORMA ANGLICANA – RESUMO
A reforma religiosa na Inglaterra ou Reforma Anglicana teve como principal motor o anseio de escapar ao controle do papa e submeter a Igreja ao Estado. Como acontecia em outros países, na Inglaterra a Igreja Católica detinha a posse de grandes extensões de terras, cobiçadas pela coroa e pela nobreza. As ideias dos humanistas e dos pensadores do Renascimento corroíam a autoridade tradicional e as influências da Reforma em outros países chegavam à Inglaterra. Isso, não quer dizer que a ruptura com a Igreja Católica tenha sido apenas uma questão política.
O início da reforma religiosa inglesa se deu através do rei Henrique VIII. O conflito entre o rei e o papa foi desencadeado por problemas domésticos. Em 1527, o rei Henrique VIII, solicitou ao papa autorização para anular seu casamento com a espanhola Catarina de Aragão, pois ele e Catarina tinham apenas uma filha, com saúde debilitada, portanto, inapta para subir ao trono quando fosse necessário.
Por outro lado, o rei estava emocionalmente envolvido com uma dama inglesa, Ana Bolena, com quem pretendia casar-se e resolver a problema de sucessão. O papa não queria envolver-se nessa questão, pois Catarina era sobrinha do imperador Carlos V, do Sacro Império Germânico que apoiava a Igreja no combate aos luteranos. Devido aos adiamentos do papa, Henrique VIII, em 1531, obriga o Parlamento a votar uma série de leis que colocou a Igreja Católica inglesa sob o controle do Estado. O rei se tornou chefe supremo da Igreja Anglicana através do Primeiro Ato de Supremacia, podendo nomear os eclesiásticos e determinar os dogmas religiosos. A resposta do papa foi a excomunhão de Henrique VIII.
Em 1536, muitos mosteiros deixaram de existir, suas terras e os outros feudos do clero foram expropriados e vendidas a nobres, comerciantes e fazendeiros, que passaram a ser o sustentáculo político da Igreja Anglicana.
A consolidação da reforma ocorre no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Com a votação do Segundo Ato de Supremacia, que reconhecia o poder político do rei sobre os assuntos de crença e determinava a total independência religiosa inglesa com relação à Roma.
BIBLIOGRAFIA:
- HISTÓRIA: origens, estruturas e processos
Autor: Luiz Koshiba
- HISTÓRIA: das cavernas ao Terceiro Milênio
Autores: Myriam Becho Mota
Patrícia Ramos Braick
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