UMA EUROPA FRAGMENTADA: OS REINOS GERMÂNICOS
O REINO DOS FRANCOS
o Reino dos Francos, foi o mais poderoso da Europa Ocidental na Alta Idade Média. Foi marcado por constantes conflitos políticos entre a realeza e a nobreza proprietária de terras. Os primeiros reis descendiam de Meroveu, por isso foram chamados de merovíngios.
1. Os Merovíngios (481-751)
O rei mais importante desse período foi Clóvis. A seguir temos as conquistas de Clóvis:
- unificou o reino franco;
- em 496 converteu-se ao cristianismo e aliou-se à Igreja;
- integrou romanos e francos;
- morreu em 511.
O reino foi dividido entre seus 4 filhos: Thierry, Childeberto, Clodomiro e Clotário.
O Reino Franco depois de Clóvis
Os herdeiros continuaram a política de expansão. Em 534, o Reino Burgúndio foi anexado. Clotário conseguiu unificar o reino, mas após sua morte foi dividido em três: Austrásia, Nêustria e Borgonha.
Em 613, Clotário II reunificou o reino. Pelo Edito de Clotário concedeu vantagens à nobreza. Os condes passaram a ser escolhidos entre os proprietários de terras.
Cada reino era supervisionado pelo prefeito e chefe da nobreza, chamado de majordomus.
A partir de 640, o majordomus passa a concentrar o poder administrativo que era dos reis. Estes reis eram chamados de indolentes, por viverem na ociosidade e delegarem tudo para os majordomus.
Em 679, Pepino de Heristal, majordomus da Austrásia, afasta os majordomus da Nêustria e Borgonha, e reunifica o Reino Franco.
Seu filho e sucessor foi Carlos Martel (714-740), vence os muçulmanos na Batalha de Poitiers. Com sua morte o reino é dividido entre seus dois filhos: Carlomano e Pepino, o Breve. Carlomano se retirou para um mosteiro e o poder ficou com Pepino, o Breve, ele reinos até 751, foi o último rei merovíngio. Era o começo da dinastia Carolíngia.
2. A Dinastia Carolíngia (751-987)
Em 754, o papa Estevão pede para Pepino combater os lombardos. As terras conquistadas, junto com o ducado de Roma, são doados para a Igreja (Patrimônio de São Pedro, mais tarde Vaticano). Isso fortalece o poder temporal da Igreja. Com a morte de Pepino, o reino é dividido entre Carlomano e Carlos Magno. Carlomano morre em 771 e Carlos Magno passa a governar sozinho.
CARLOS MAGNO (768-814)
Carlos Magno foi o rei mais importante da dinastia. Expandiu o Reino Franco.
O papa Leão III, pede sua proteção, mas além da defesa, ele que um império forte que possa expandir a Igreja. Assim, no Natal do ano 800, Carlos Magno é sagrado imperador pelo papa, que queria recuperar as glórias do antigo Império Romano do Ocidente, desaparecido em 476 com a queda de Roma.
O Império de Carlos Magno (800-887)
Em 812, seu império é reconhecido pelo imperador bizantino. Os 200 condados eram administrados pelos condes que eram auxiliados pelos bispos. Para centralizar o poder criou os missi dominici (enviados do senhor), inspetores que percorriam o Império e informavam o imperador. Eram eles que impunham aos condes e homens livres o Juramento de Fidelidade.
Foi criada as capitulares, que eram leis escritas da Idade Média. O imperador tinha o poder do papa, e dentro do Império era ele que nomeava bispos e abades.
Apogeu do Império
A estabilidade gerou desenvolvimento econômico. Embora a base fosse agrícola, desenvolveu-se o comércio, feiras e mercados.
Ele criou escolas, igrejas, foram traduzidas obras, cercou-se de homens cultos; promoveu as artes e as ciências.
A Desintegração do Império Carolíngio
Com sua morte, em 814, sobe ao trono seu único filho: Luís, o Piedoso (814-840). Com sua morte houve conflitos entre os três filhos. Isso foi resolvido com o Tratado de Verdum (843):
- Carlos, o Calvo ficou com a França Ocidental;
- Luís, o Germânico, ficou com a França Oriental;
- Lotário II, que conservou o título de imperador, ficou com a França Central.
A Península Itálica passou para as mãos dos duques locais. Com a morte de Lotário II, a França foi dividida entre os dois irmãos.
Segundo historiadores, a luta entre os irmãos fortaleceu o poder local, uma das principais características do sistema feudal, do ponto de vista político.
Na luta contra os normandos, sobressaiu-se Roberto, o Forte. Com a morte do último rei Carolíngio, em 987, os nobres elegem um descendente de Roberto, o Hugo Capeto. Inicia-se a dinastia dos Capetíngios.
Na França Oriental, os carolíngios ficaram até 911. Depois os duques da Saxônia, Francônia, Baviera e Suábia fundaram o Reino Germânico com monarquia eletiva.
No século X, os senhores feudais já exerciam o poder político em quase toda a Europa Central.
BIBLIOGRAFIA:
- HISTÓRIA: origens, estruturas e processos
Autor: Luiz Koshiba
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