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PENSAMENTOS, E PENSAMENTOS, E PENSAMENTOS...

Bom dia, boa tarde, boa noite! 
Hoje vamos conhecer um pouquinho do pensamento desse gênio brasileiro que é Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), do qual posteriormente escreverei um artigo. Em seu livro "Raízes do Brasil", expõe sua interpretação do homem brasileiro e consequente situação política, social e econômica brasileira. Este livro é considerado um dos três melhores livros sobre a cultura brasileira do século XX e vemos como seus pensamentos continuam atuais. Para que conheçam um pouco de suas idéias transcreverei abaixo um trecho de sua entrevista à Revista Veja em janeiro de 1976. Curtam um pouco de sua sabedoria:

"VEJA - Quando o senhor afirma que no Brasil nunca houve democracia, isso talvez signifique que, num certo sentido, as massas populares jamais participaram do jogo político nacional?
SÉRGIO BUARQUE - Claro. No Brasil, sempre foi uma camada miúda e muito exígua que decidiu. O povo sempre está inteiramente fora disso. As lutas, ou mudanças, são executadas por essa elite e em benefício dela, é óbvio. A grande massa navega adormecida, num estado letárgico, mas em certos momentos, de repente, pode irromper brutalmente.
VEJA - Em quais momentos esse despertar teria ocorrido?
SÉRGIO BUARQUE - Até agora, todas as revoluções dentro da História do Brasil foram de elites, civis ou militares, mas sempre elites. E, quando a questão se restringe a querelas elitistas, o processo caminha como numa briga de família: aparece um primo, um tio, ou um amigo da família com bom relacionamento com ambas as partes capaz de contornar diplomaticamente o confronto direto. E é exatamente no conchavo que pode surgir a figura do homem cordial. Por isso a democracia, que nasceu aqui num mal-entendido, percorreu em nossa História um caminho inusitado. Ou seja, foi murchando aos poucos." VEJA, Janeiro de 1976, pelo jornalista João Marcos Coelho
Não é super atual? Bjs

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