Quando falamos da devastação da Mata
Atlântica, somos obrigados a olhar para o passado no intuito de entendermos o
presente. Sabemos que essa questão está inserida no contexto histórico da colonização
portuguesa no Brasil.
O primeiro surto de devastação da
Mata refere-se à exploração de pau-brasil, do qual se podia extrair material
para coloração dos tecidos, muito importantes na época.
Mais tarde com a efetivação da colonização,
a mata foi derrubada para o plantio de cana-de-açúcar. Posteriormente,
principalmente no sudeste, para o plantio de café.
No entanto, não podemos nos omitir
da nossa parcela de culpa. Mesmo que não tenhamos cortado árvores, fechamos os
olhos para o que está ocorrendo. Não se trata apenas de destruir a mata. A vida
é uma teia de seres interdependentes. Ao derrubar uma árvore interrompemos o
ciclo de diversas espécies vegetais e animais.
Considerando que com apenas uma
árvore podemos desencadear um processo de morte a várias espécies, o que
acontece quando pode ocorrer com uma destruição em massa?
Não podemos acreditar que a
população em geral tenha noção da profundidade desse problema. Não percebe que
ao matar uma anta, por exemplo, ela está condenando à morte várias espécies
vegetais. Pois, a anta ao se alimentar de frutas e vegetais carrega em suas
fezes a semente para novas vidas. Ao
matá-la, outras espécies reproduzem-se. Ao matá-la, outras espécies deixam de
alimentar-se. Ao matá-la rompe-se o equilíbrio biológico
Entretanto, devido ao capitalismo
massificante a grande maioria da população utiliza-se da caça, da pesca e da
coleta predatória para sobreviver. E acreditamos, que a grande maioria destas
pessoas não têm noção da profundidade e extensão de seus atos. Talvez por
ignorância, talvez por falta de educação adequada.
Porém, a minoria que detém o poder
possui informações o suficiente para saber o que está ocorrendo. São eles que
compram, são eles que requisitam o produto.
Resumidamente, tudo, com raras
exceções, é uma questão de oferta e procura, ou melhor, de procura e oferta.
Precisamos de leis ambientais mais rigorosas que alcancem a todos
indiscriminadamente. Independente de credos, religião ou condição social.
Faz-se necessário, logicamente, a
educação constante da população. Porque nós também somos seres
interdependentes, com conhecimentos interdependentes. Neste contexto, o
derretimento do gelo polar, a consequente extinção do urso polar, acabará por
nos afetar aqui.
Desta forma, legitima-se a valência
da luta pela preservação de nossas florestas, ou melhor, de nossa fauna e
flora. Pois, a extinção da vida não conhece fronteiras.
S.O.S. MATA ATLÂNTICA
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